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PERSONAGENS

Universo de figuras entre Geraldão e Geraldinho

Como da paleta de um pintor, da caneta de Glauco surgiram diversos desenhos que levavam ao extremo personalidades nas quais os leitores se espelhavam, eis o perfil de alguns deles:

 

Dona Marta

Nasceu, junto com Geraldão, no livro de estreia do seu criador, Minorias do Glauco. Bela, despudorada e da firma, Dona Marta sabe o que quer e deixa o machismo assustado. Foi inspirada em uma amiga do autor.

 

Casal Neuras

No ciúme e na traição, irritados e reconciliados, até que a morte os separe. Inspirada em um relacionamento de Glauco, a relação dos Neuras tropeça nos percalços da vida a dois e é recheada de Ricardões e amigas.

 

Zé do Apocalipse

O fim está próximo! A nave-mãe chega já, já! Ou não. A realidade teima em não seguir as profecias anunciadas pelo Zé do Apocalipse. Mas ele, parceiro de Nostravamus e cicerone dos alienígenas que visitam a Terra, não desiste.

 

Faquinha

Faquinha traz para as tiras de Glauco os temas do crime e da injustiça social. É um humor amargo. Abandonado, menor de idade, se rouba, consegue; se pede, é chutado. De Natal você ganhou o quê? Ele ganhou um tresoitão.

 

Ozetês

Esses personagens são parte da última fase de Glauco. As cores mudam, há uma economia maior nas mudanças de quadro a quadro. Não tema! Ozetês não planejam a dominação dos terráqueos: preferem ficar chapados.

Geraldão

O personagem mais famoso de Glauco é um marmanjo que, na casa dos 30 anos, ainda mora com a mãe – com quem mantém uma relação que, nem Freud conseguiria explicar. Fumando, bebendo, cheirando comendo e se picando – tudo ao mesmo tempo –, Geraldão não perde uma oportunidade de espiar a coroa tomando banho e de experimentar maneiras alternativas de espocar a cilibina: bonecas infláveis, a enceradeira da mãe, as luvas da mãe, o shampoo da mãe, tudo pode ser um bom consolo para aplacar os efeitos de uma virgindade que teima em perdurar...

 

Geraldinho

Criado para a Folhinha, suplemento infantil da Folha de S.Paulo, Geraldinho é uma versão mirim do Geraldão. Ele não gosta de banho, tem horror à escola, é vidrado em televisão e inferniza a ordem do lar na companhia do gato Tufinho e do cachorro Cachorrão. Apesar da fissura que, mais tarde, ele viria a sentir pela mãe, o menino nem quis saber do leite materno quando nasceu: queria mesmo era uma soda limonada. Refrigerante e sorvete – outro vício precoce – parecem ser portas de entrada para substâncias mais pesadas.

 

[Texto produzido pelo Núcleo de Comunicação do Itaú Cultural para a sua publicação e hotsite]

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